Amigas e amigos,
O poeta, jornalista e professor Fabrício Marques (Manhuaçu-MG, 1965-) estreou em poesia com o livro Samplers (Relume Dumará, 2000), ao qual
se seguiu A Fera Incompletude (Dobra Editorial, 2011). Recentemente, ele lançou A Máquina de Existir (Pedra Papel Tesoura, 2018),
enfocado neste boletim.
Além dos livros solo, Fabrício participou das antologias Na Virada do Século: Poesia de Invenção no Brasil (orgs. Cláudio Daniel e Frederico
Barbosa, Landy, 2002), Poesia em Movimento (org. Jorge Sanglard, Editora da UFJF, 2002), Oiro de Minas (org. Prisca Agustoni, Ardósia,
2007) e Prévia Poesia (org. André Dick, Risco Editorial, 2010).
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A Máquina de Existir é um livro no qual o poeta se situa como parte de
uma humanidade reconhecidamente problemática. É, com certeza, seu livro mais
maduro e refinado.
Para este boletim, selecionei meia dúzia de poemas que constituem uma
amostra do trabalho mais recente de Fabrício Marques.
Comecemos com “Minha Humanidade”, um poema longo que abre o volume. Nele, o poeta, de certo modo, tenta afinar seu diapasão pessoal com o andamento
da humanidade de todos os outros semelhantes. Para dar espaço a outros poemas, transcrevo aqui somente o trecho inicial do poema.
Na opinião do poeta Tarso de Melo, o poema “Minha Humanidade”
é um dos destaques do livro. Para ele, o título “parece apontar algo singelo e, ao mesmo tempo, grandioso, o que confere um tom irônico ao poema”.
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Vem depois “Máquina de Existir”, o texto que batiza o livro. Com ironia, o poeta alerta quem chegou até esse poema (pág. 20), dizendo que a leitura
poderá apresentar percalços: “vai doer / vai arder (...) vai ter seu dia / no deserto / no vale de ossos”. Afinal, a existência é isso: exige firmeza
para seguir em frente.
No próximo texto, “Mais-Valia”, Fabrício
Marques engata uma crítica social. Despreza os homens que se colocam de pé nas “geleiras indestrutíveis” e,
com suas certezas, decretam que “O carro vale mais que a sinfonia / A face vale mais que a poesia”.
O poema “A Música do Acaso” começa com uma conhecida citação do filósofo espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955): “Eu sou eu / e minha
circunstância”. Evolui, depois, para considerar a perspectiva da morte e a incorporação, nas instâncias do eu, de todos os eus da vizinhança.
Ao sair de si, a pessoa, agora multidão, inventa uma dança.
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CONVITE
Amigas e amigos: quero convidá-los para o lançamento de meu novo livro de poesia, A Mulher de Ló, que sai pela Editora Patuá.
Trata-se,
na verdade, de um lançamento duplo: no mesmo local e hora, e pela mesma editora, a poeta Vera Lúcia de Oliveira apresenta seu livro Minha
Língua Roça o Mundo. Será no dia 30/08, quinta-feira, às 19 horas, na Livraria, Bar e Café Patuscada. Rua Luís Murat, 40 - Vila Madalena
- São Paulo, SP. Vejam mais sobre os livros abaixo, na seção Lançamentos.
Um abraço, e até a próxima,
Carlos Machado
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LANÇAMENTOS
Um romance, um ensaio histórico e dois livros de poesia entram em circulação
nos próximos dias.
Paralisia
• André Nigri
Jornalista experiente na área cultural, o mineiro André Nigri lança seu primeiro romance, Paralisia — o autor
prefere classificá-lo como uma novela. O livro sai pela Editora Reformatório, de São Paulo.
Quando:
Terça-feira, 21/08/2018, às 19h
Onde:
Livraria Zaccara
Rua Cardoso de Almeida, 1356
Perdizes
São Paulo, SP
A Comunicação Social na Revolução dos Alfaiates
• Florisvaldo Mattos
O professor, jornalista e poeta baiano
Florisvaldo Mattos lança a 2ª edição do ensaio A Comunicação Social na Revolução dos Alfaiates, quando essa insurreição, também conhecida como Revolta dos Búzios, completa 220 anos. O livro mostra que os boletins dos revoltosos independentistas formavam o embrião do jornal impresso na Bahia
de 1798. Edição do programa ALBA Cultural, da Asssembleia Legislativa da Bahia.
Quando:
Sexta-feira, 24/08/2018, às 18h
Onde:
Instituto Histórico e Geográfico da Bahia
Av. Joana Angélica, 43
Piedade
Salvador, BA
Minha Língua Roça o Mundo
• Vera Lúcia de Oliveira
Paulista
radicada na Itália, a multipremiada
poeta Vera Lúcia de Oliveira lança nova coletânea de poemas,
Minha Língua Roça o Mundo. O volume sai pela Editora Patuá.
Quando:
Quinta-feira, 30/08/2018, às 19h
Onde:
Patuscada Livraria, Bar & Café
Rua Luís Murat, 40
Vila Madalena
São Paulo, SP
A Mulher de Ló
• Carlos Machado
Carlos Machado, editor deste boletim, lança o livro A Mulher de Ló, uma série de poemas que refletem sobre a
condição feminina, partindo do episódio bíblico de Sodoma e Gomorra. O livro é produzido pela Editora Patuá/Selo
Donizete Galvão.
Quando:
Quinta-feira, 30/08/2018, às 19h
Onde:
Patuscada Livraria, Bar & Café
Rua Luís Murat, 40
Vila Madalena
São Paulo, SP